segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Grande William!

Bastantes vezes a aparência externa carece de valor. Sempre enganado tem sido o mundo pelos ornamentos. Em direito, que causa tão corrupta e estragada, não fica apresentável por uma voz graciosa, que a aparência malévola disfarça? Que heresia poderá haver em religião, se alguma fronte austera a defende, e justifica com a citação de um texto, mascarando com bonito fraseado a enormidade? Não há vicio, por crasso, que não possa revelar aparência de virtude. Quantos poltrões não vemos, cujo peito resiste tanto como areia ao vento, que no queixo nos mostram barba de Hércules ou do sombrio Marte, e que por dentro fígados como leite só possuem? Os bigodes só usam da coragem, para que possam parecer temíveis. Mas se a beleza olhásseis, acharíeis que é só comprada a peso, e que milagre realiza da natura, ocasionando mais leveza onde mais presente esteja. isso se dá com esses cabelos louros de cachos enrolados como serpes, que saltitam ao vento, libertinos. cobrindo uma beleza só de empréstimo; conhecidos são todos como dádiva de uma cabeça estranha: já no túmulo se encontra o crânio sobre que nasceram. Praia traiçoeira é o ornato, por tudo isso, de um mar mui perigoso, linda charpa que esconde o rosto de uma bela indiana; em resumo: aparência da verdade, de que se vale o tempo experto, para colher até os mais sábios. Assim sendo, brilhante ouro, de Midas duro cibo, nada quero de ti, como não quero também de ti, intermediário pálido e vulgar entre os homens. Minha escolha recai em ti, em ti, modesto chumbo, que mais ameaças do que prêmio inculcas. Tua lhaneza é a máxima eloquência. Seja pois alegria a consequência
William Shakespeare

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O que houve?

Mudei tanto, foi a idade?
 A necessidade? 
Ou foi o tempo passando alterando o meu pensamento de todo modo ao vento.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Amor e medo... Medo e amor!



E ai galera, vocês sabem por que muita gente desiste de amar??! Porque amar dá trabalho, um trabalho que deveria ser prazeroso, já que estamos falando de amor não é mesmo? Acontece que nem sempre esse trabalho é prazeroso, o que não deveria desqualificar o sentimento! Sacou?!

Como o amor por si só dá um trabalho do caramba, é bom nunca começar abrindo mão de nada, porque sem precisar tirar nem pôr o que deve acontecer é um amor se encaixar no outro Certo? Não deixe suas origens alegando “ser por amor”, porque quando abrimos mão de alguma coisa para nos relacionarmos, tudo já começa com uma carga muito pesada, com algo que faz o outro sentir um turbilhão de emoções que em nada tem a ver com as emoções que devem ser sentidas no início de tudo! Medo? Expectativas frustradas? Decepções? São sentimentos que se forem para passar por perto que sejam no segundo estágio do amor, quando as coisas já estão consolidadas, quando ambos têm certeza do que querem. Cara! Façamos o primeiro estágio ser mais leve, mais simples, mais fácil! Façamos o primeiro estágio fluir com flores, cheiros, sabores, paisagens, sonhos e para sempre!

Ah! Mas eu estava falando do trabalho que dá amar, né?! E dá medo também, não é mesmo?! Vai ver é porque quebrar a cara é um risco que corremos por nos entregar, mas se não nos entregamos como vamos saber se poderia ter dado certo? “Mas a dor que vem com a decepção de ter quebrado a cara é lá bem fundo da alma, né?!” Dói mesmo!! Não é fácil, mas desistir de amar?! Não façam isso! Porque o amor é a coisa mais bonita do mundo e eu nunca ouvi ninguém dizer que fulano morreu de amor. 

Então medo pra quê?! Desistir pra quê?! O gelado no estômago que a gente sente quando vai dormir e quando acorda depois de quebrar a cara, mais cedo ou mais tarde vai acabar sendo substituído pelas belas borboletas no estômago, é isso ai, aquelas que te fazem ir cantando para o banho. Além disso, amar é uma ordem, não esqueçam!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Aprendizagem

Paro pra pensar sobre a vida e tenho cada vez mais a certeza de que ela é um eterno aprendizado, uma eterna escola. E eu?! Eu a cada dia sigo aprendendo... Aprendendo... Aprendendo que AMORES ETERNOS podem acabar em uma noite, um minuto ou num simples segundo (salva a exceção do amor dos teus pais é claro!). Aprendendo que grandes amigos podem nos tornar ferrenhos inimigos. Aprendendo que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei. Aprendendo que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno. Aprendendo que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade. Putz... se nós gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos como é que vamos conhecer outra pessoa de verdade né? Aprendendo que a confiança não é questão de luxo, e sim de sobrevivência e que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram pra mesma. Aprendendo que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba e que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo. To aprendendo que vou sempre me surpreender seja com os outros, ou comigo. Aprendi que vou cair e levantar milhões de vezes... e ainda não vou ter aprendido tudo!... Então é só me resta ter paciência... e esperar... e lutar... Por quê? Porque o que é nosso tá guardado e é só querer pra conseguir, afinal.. Eu não quero fazer o que eu posso, e sim, eu posso fazer o que eu quero!!

domingo, 3 de junho de 2012

Ocê gósdevinho?

Degustação de vinho em Minas


- Hummm...

- Hummm...

- Eca!!!

- Eca?! Quem falou Eca?

- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?

- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de
trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...

- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo ?!

- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?

- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor !! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!

- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!

- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é ?

- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...

- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...

- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!

- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...

- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...

- O senhor poderia começar com um Beaujolais!

- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!

- Então, que tal um mais encorpado?

- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...

- Ou, então, um suave fresco!

- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!

- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!

- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...

- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?

- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?

- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?

- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!

- Mole e redondo, com bouquet forte?

- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cansei! Cansei! e Cansei! (baita titulo nao?)


Quer saber?.. Cansei! Cansei de errar e acertar. Porra! Cansei de tentar acertar sempre e não ser valorizado por isso... De querer ser eu e não ser aceito(por completo pelo menos)... Cansei de tentar agradar todo mundo. Cansei de querer bem o outro que me prejudica e de querer bem o outro me prejudicando. Cansei de todas as pessoas que acham que são o centro do mundo e acham que no meio de milhões elas são únicas. Uma dica muito importante: Únicos na minha vida, só meu pai e minha mãe.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O P!ncel da V!da

Já tentei pincelar de diversas formas, colorir da cor que bem quis, fugindo de toda essa ladainha que é a vida. O AMOR nem sempre é vermelho ou meio alaranjado. ou cinza. rosa. carmim.não. eu prefiro o amor inventado da minha maneira . aquele amor lilás e meio roxo escuro, transparente... que chega ser inocente, sutil, que arranca suspiros, que mora aqui, e é preciso ser lembrado sempre. Meu amor, também é vermelho, mas é o amor de mãe e pai. aquele amor igual. Meio coração pra cada um.

Poderia pincelar de azul-verde-cinza, o amor de irmão. aquele amor natural, que se ama de dentro pra fora. Assim como tudo que me é agradável, flores, vida, ar, árvores, sorrisos, abraços, alegria, arco-íris,borboletas. amor de avós, de amigo-irmão. o meu amor também é cor de céu... Olhando bem, o céu é de todas as cores! Assim como os meus amigos. Ora é de uma cor, ora é de outra, aquele amor que não se define, não se explica, simplesmente acontece, e que vive mudando de tom.

Pincelo de prata também, tudo o que me faz bem. Sejam pessoas ou coisas, lugares ou comidas, e assim por dizer. E tem o meu amor azul. As vezes fraco, que eu nem tenho certeza que ele existe, quase cinza, e às vezes forte, que reflete o brilho nos olhos, que clareia e envolve o coração. Tem dias que vem, tem dias que não. Mas que ainda sim, é amor! Aquele amor que mesmo debaixo d'agua todo mundo sabe que ele existe.


Escritor: Ligia Azevedo

Amor, Sarcasmo e Banalidade



Caramba como é grande o sarcasmo das pessoas ao abrirem a boca pra dizer "que preferem aventuras ao invés de um grande amor", bem na boa, a boca pode até passar esta ideia ao dar sentido de que isso é real, mas os olhos nunca mentem, já que a maioria destas pessoas guardam dentro de si um amor gigantesco, que por muitas vezes por não ter sido correspondido é escondido atrás de pequenos momentos de alegria ou uma noite de prazer, mas no fundo beeem lá no fundo o que essas queriam realmente era um só alguém para todas as noites, para todos os momentos bons ou ruins, alguém que as surpreendesse em um dia banal, que lhes comprasse um cartãozinho romântico e muitas outras coisas a mais, no fim todos nós somos inteiramente dependentes do que se chama amor e quem diz que não é deve pensar melhor, porque sabe muito bem que é, que lá no fundo é.